Amenófis III foi um faraó que governou o Egito entre 1389 e 1351 a.C. Ele mandou erguer construções magníficas. Uma delas foi um templo gigantesco a oeste de Tebas. Nada restou desse fantástico edifício, exceto duas estátuas de 18 metros de altura e com um peso de 700 toneladas. Essas duas estátuas receberam dos gregos o nome de Colossos de Mêmnon e ficaram envoltas num grande mistério durante dois séculos. Isso porque, a cada manhã, um dos colossos cantava uma canção melancólica.
Mêmnon teria sido um rei da Etiópia, o qual encontrou sua morte na Guerra de Troia. A mãe desse rei seria Éos, deusa grega da aurora. Quando os gregos viram aquela monumental estátua cantando para a alvorada, não tiveram dúvida que se tratava do espírito do rei saudando sua mãe. O próprio imperador de Roma, Adriano, afirmou ter observado maravilhadamente esse milagre por volta do ano 100 d.C.
O "canto" da estátua deve-se a um terremoto que atingiu o colosso no ano 27 a.C., o qual abriu uma pequena fenda nele. à noite, o orvalho entrava na fenda e, durante o dia, o sol o aquecia e fazia a pedra se dilatar. A dilatação e a evaporação produziam um som que parecia um canto, o qual originou a lenda.
No século II, o imperador romano Séptimo Severo ordenou que restaurassem as estátuas. A fenda foi fechada e o triste e belo canto nunca mais foi ouvido.
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